quarta-feira, 6 de janeiro de 2016

06 de Janeiro de 2015, a última vez que te disse bom dia, a última noite que me despedi de ti antes de ir dormir, a última vez que te disse o quanto eu te amava, a última vez que tive o privilégio de te chamar "namorado". Faz hoje precisamente um ano que me deixaste completamente despida, cheia de feridas profundas numa rua sem fim, num beco sem saída, numa estrada sem orientação. Fiquei tão desorientada, tão à nora, tão perdida, tentei tantas vezes fechar os olhos com esperanças de quando os voltasse abrir isto fosse apenas um pesadelo. No entanto não foi e eu vivi um ano presa a esperanças, lembranças e recordações que juntos criámos e um dia jurámos serem eternas. Não foram espero sinceramente que não sejam. Passados 365 dias eu já não penso tanto em ti, já não te sinto tanto e já não te vejo em todos os cantos, ainda assim eu continuo a saber o teu perfume de cor, continuo a saber o teu sorriso e ainda te guardo muito amor, carinho e sobretudo um grande lugar no meu coração. Não podia ser doutra forma, porque na verdade foste o melhor de mim, o meu maior amor e o homem com quem eu sonhei um dia casar e até construir uma família. A ti eu prometi e jurei coisas que nunca antes tinha jurado e prometido, a ti eu entreguei-me de corpo e alma, a ti eu dei o meu melhor. Queria poder-te dizer isto tudo e poder libertar tal sufoco que sinto, mas tu prendes todos os meus atos de loucura, e não consigo nem sequer imaginar a tua reação ao saberes que ainda sofro com a tua partida e que ao fim de um ano eu ainda me lembro de cada pormenor teu, possivelmente este foi só mais um dia da tua nova vida e nem te passa pela cabeça que já lá vai um ano do teu súbito adeus. Não te condeno de todo, tu tens todo o direito de ter seguido em frente e de teres ao teu lado alguém que tu amas e que por ventura é reciproco. Eu prometo que um dia esquecerei este momento e apenas lembrarei o quão bom foi a nossa relação, até lá, vivo na incerteza de encontrar alguém tão bonito como tu, juro-te que esse é um dos meus maiores medos, não encontrar alguém que me complete tão bem e que encontre em mim aquilo que tu encontraste e deixaste fugir. No entanto, eu não desisto e vou lutar até ao fim por mim. Sem mais a dizer, deixo-te mais uma das minhas cartas que te prometi escrever, mas que tu não leste e como tu dizias "até já, porque nunca te conseguirei dizer adeus, meu amor."