Olhei o relógio, olhei as horas, olhei o dia, e mais uma vez estavas lá. Será que não desistes? Será que insistes em permanecer aqui? Não, eu não gosto de ti, eu não quero mais nada contigo. Acabou. estive um ano e meio à tua espera, estive durante um ano a tentar esquecer algo inesquecível, estive durante um ano a tentar olhar para ti e ver algo que não queria ver. Não vale a pena explicar-te tanta coisa, pois nunca irás perceber, a dor que senti, as lágrimas que evitava quando estavas comigo, os sorrisos forçados que fazia para te ver bem, a força que te dava quando dizias que gostavas de outras, a mágoa que eu senti por estares constantemente a insistir nos meus defeitos. Já algum tempo que não escrevia sobre ti, andas-te escondido, talvez perdido, mas voltas-te, e novamente, a tentar roubar-me este pequeno e grande coração, voltas-te com as tuas coisas (que eu odeio!), voltas-te a atirar-me à cara os meus erros, voltas-te a atirar-me à cara o nosso passado, voltas-te a tentar meter-me abaixo. Será que não percebes que tudo o que faço não é por ti, mas sim por mim? será que não percebes que não consigo dar-te mais que isto? dei tanto de mim a ti, que agora apenas te consigo dar amostras. peço desculpa, por não conseguir, mas sabes que podes sempre contar comigo, nunca te neguei o meu ombro amigo, nunca te neguei um telefonema, nunca te neguei um desabafo, mas entende uma coisa, eu não estou aqui só quando precisas de mim, eu estou aqui sempre, sou uma pessoa com sentimentos, por isso, não me uses.

por favor, não voltes!