
domingo, 30 de setembro de 2012
Fizeste escolher-me o meu último recurso, fizeste-me recuar este tempo tempo, fizeste-me acreditar em mentiras, fizeste-me acreditar no amor, fizeste-me sorrir por um nada que eu julgava ser um tudo, fizeste-me acordar para a realidade. Eu acreditei em cada palavra, em cada sorriso e até mesmo em cada olhar. Ainda tenho algumas reticência na minha cabeça, ainda tenho algumas incógnitas e até mesmo questões que tu nunca me chegaste a esclarecer, uma delas é «o gosto que te dá fazeres-me isto?». Não consigo achar normal, teres-me enganado este tempo todo, não consigo acreditar que me apaixonei por uma pessoa que só hoje a conheci verdadeiramente, não consigo meter na cabeça que para mim foi tão grande e para ti foi tão pequeno, não consigo acreditar que não tiveste a dignidade de me dirigir um pedido de desculpa e tiveste a cobardia de me dirigir uma gargalhada. Mas eu escolhi, aliás fui obrigada a escolher, não irei partilhar mais sorrisos e muito menos olhares, não irei mais falar no teu nome ou até mesmo dirigir-te uma palavra, decidi seguir em frente, decidi esquecer cada pormenor, cada detalhe, cada segredo, decidi percorrer esta estrada sozinha, pois dei conta que perdi demasiado tempo à espera de uma palavra, de um gesto ou até mesmo de um sentimento, decidi erguer a cabeça, o meu orgulho e o meu sorriso, pois eles são o melhor em mim e jamais alguém os irá deitar abaixo, foste a prova bem provada que não devo baixar a guarda para ser feliz, pois quem ama prova, quem ama valoriza e quem ama simplesmente transmiti-o, e lamento mais nunca senti tal desejo da tua parte, por isso também não terás mais da minha parte. Deixo um adeus, e desta vez sem lágrimas, sem mágoa e sem remorsos.

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