Este ano, foi intenso, cheio de emoções e até mesmo de quedas, derrotas e vitórias. Os meus dias têm sido forçados, têm disso duros e cheios de sorrisos falsos, de dia para dia tento ganhar uma "nova vida", de dia para dia tento acordar e tentar fazer com que o meu dia seja diferente dos outros. Esta dor que tanto guardo para mim, começa a cortar-me a respiração, começa a torturar-me e as feridas que se abriram parecem nunca mais sarar. Dizem que o tempo cura, que o tempo leva, que o tempo apaga, mas a cada dia que passa vejo que isso é mentira, o tempo não cura, não leva e muito menos apaga, as memórias, as recordações, as vivências, as cicatrizes de cada ferida ficam lá sempre e contra isso nós não podemos fazer nada. O tempo não resolve nada se estivermos à espera que ele resolva, o tempo não cura se nós ficarmos fechados num quarto à espera que tudo passe. A única solução somos nós, só nós podemos mudar tudo isto, só nós podemos mudar a nossa atitude, só nós podemos escolher o caminho que queremos seguir, por mais difícil que seja a escolha, nós (in)felizmente temos essa possibilidade de escolha. A minha dor tornou-se num vazio tão grande que já quase nem a sinto, tudo à minha volta perdeu um pouco o sentido, e por mais acompanhada que esteja, por mais mãos que tenha para me porem lá em cima, eu sinto-me perdida, perdida no meu mundo, perdida nos meus sentimentos e pensamentos, perdida no meu vazio, vazio no qual que me magoa, vazio que por mais que tente não consigo completá-lo. Eu percebi que ás vezes um sorriso, uma palavra, um momento conseguem mudar o teu dia, até mesmo a tua vida, conseguem fazer-te ir ao sitio mais belo e ao mais horrível, conseguem fazer-te voar e cair, conseguem fazer-te sorrir e chorar, conseguem fazer-te chegar ao impossível. E é disso mesmo que tenho medo, de não voltar a ter esse momento, esse sorriso e até mesmo essa palavra para mudarem o meu dia, para mudarem a minha rotina, para me fazerem chegar mais além. Hoje, sou só eu e os meus pensamentos, hoje sou só mais uma miúda em que parece que o seu mundo lhe caiu aos pés e que não consegue colar os pedacinhos que caíram para conseguir voltar a ver o seu mundo numa outra perspetiva, senão esta tão sombria.

"a outra metade continua perdida, mas não percas a esperança (...)"
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