sábado, 16 de maio de 2015

Quatro meses. Há quatro meses voltei a "acordar" para um mundo um pouco menos colorido, uns dias mais cinzentos e talvez a cair num buraco mais fundo. Ainda me lembro de ti, ainda te vejo como se tudo estivesse bem, ainda sonho contigo. Ainda me lembro daquele dia, um dos piores da minha vida, não imaginas as vezes que li aquela mensagem para conseguir acreditar que aquilo era o fim. A verdade é que sempre soube, mas mesmo assim, lutei porque achei que valesse a pena. E valeu, valeu por tudo o que vivi a teu lado, valeu pelo amor que senti, valeu porque eras tu. Mas doeu tanto que acreditei que me estivessem a tirar o coração. Passados quatro meses a dor continua aqui, mas consegui aprender a lidar com ela e sobretudo a esconde-la, para que nem tu nem ninguém a pudessem ver. Deixaste um enorme vazio, e não há dia em que não pense em ti, em nós e no quão felizes fomos. Não há dia em que não bata a saudade de te ter deitado no meu peito. Não há dia em que eu não me lembre das aventuras e das surpresas. Muitas vezes perguntam-me do que sinto mais falta, e com um sorriso escasso respondo: o que mais sinto falta é dele, por inteiro, daquelas noites em que éramos só ele e eu, juntos e unidos, daquelas dias em que íamos na "fé" e eram os melhores, daquelas férias trabalhosas, ou até mesmo das escapadelas. Mas realmente do que mais sinto falta é daquele sorriso que me enchia o coração. Gostava de ter mantido o contacto contigo, talvez de ser tua amiga. Mas cobardia ou não, eu não consigo nem sequer mandar uma mensagem, talvez fosse pior falar contigo, ler ou reler tudo outra vez, talvez fosse pior reavivar o que sinto. Sei que um dia, tal como o teu amor desapareceu o meu também irá desaparecer. Mas a tua pessoa nunca irá ser indiferente, nunca me irei esquecer do teu rosto nem do que tu foste para mim. Precisei de ti e tu nem reparaste, precisei de uma palavra e tu nem me dirigiste uma palavra, precisei de um abraço e tu nem me deste. Mas como poderia eu culpar-te de tais coisas? Nunca. Espero encontrar-te um dia e dirigir-te um "olá" com um sorriso. Apesar de tudo, obrigada por tudo. 

 


Sem comentários:

Enviar um comentário