Aprendi a valorizar o que hoje tenho e não o que amanhã terei ou irei querer. Vou contar-te um pequeno segredo, tenho um amigo... aliás um grande amigo. Dou-lhe o nome de melhor amigo, por todos estes anos que resistiu ás minhas crises, a todos os meus choros em que ele me abraçava e perguntava baixinho o que se passava e eu a soluçar com toda aquela dor lhe dirija o meu problema, a todos os sorrisos que partilhámos, a todos os momentos que ambos vivemos e sabemos o que valeram, a todos os segredos que fortes ou não, eram nossos e serão, a todas aquelas gargalhadas em que chegava a uma altura e ele dizia do nada «ficas mesmo bonita a sorrir», ou então de todas aquelas vezes em que o abraçava e ele dizia «que me queres pedir?». Por mais parvo que ele seja, por mais infantil que digam que ele é, ele é o meu herói, ele é o homem da minha vida, ele é a pessoa em quem eu mais confio e por ele? Por ele, eu dou tudo. E por mais obrigadas que eu deixe aqui e ali, nunca chegarão para agradecer tudo aquilo a que ele me proporcionou, pois foi do mais único e simples que poderia haver. O medo de o perder é constante, o medo que ele parta sem me dirigir um adeus é grande, mas com estes anos fui vendo uma coisa, um verdadeiro amigo pode partir, mas se ele for verdadeiro ele volta e volta para ficar. Tivemos as nossas discussões e até mesmo as nossas vírgulas perto de um ponto, mas conseguimos apagar essas vírgulas perto de um ponto, porque a nossa amizade é verdadeira, é pura e muito muito muito valiosa. Por isso, meu amor, eu vou estar sempre aqui, por mais irritante e parvo que sejas comigo, para mim és o melhor e isso? Isso, ninguém pode negar.